Os horrores do inferno não são proporcionais às nossas transgressões, mas sim à dimensão da Glória de Deus, a qual foi alvo de atentado por essas mesmas transgressões, servas da nossa egolatria.
Esta ideia permite-nos responder às objeções colocadas por alguns acerca da injustiça que é alguém ser lançado ao Inferno por causa de uma "mentirinha", tratando-se assim de uma pena desproporcional face à transgressão.
No entanto, essa é uma visão muito equivocada do que acontece na realidade. O problema vai além da "mentirinha", porque na verdade ela fere a Glória de Deus, ela é um recurso (seja qual for a finalidade com que ela é utilizada) para promover ou proteger o ego (auto-glorificação). Trata-se da promoção ou preservação da sua própria glória numa situação em que é necessário o recurso à distorção da verdade para que o ego fique isento de responsabilização moral das suas ações ou para que seja promovido a uma situação desejável de forma ilegítima ou imerecedora.
A pessoa que mente está mais preocupada com a sua própria glória do que com a glória de Deus, está mais preocupada em se desresponsabilizar ou se beneficiar e fazer o jogo segundo as suas próprias regras do que em jogar segundo as regras de Deus.
A dimensão da glória de Deus dá-nos um bom indício da dimensão do sofrimento no inferno, pois foi a tentativa de furto da glória de Deus, pelo pecado, que nos fez merecedores do Inferno.
Ao mesmo tempo a dimensão da glória de Deus dá-nos uma ideia da grandiosidade de Sua Graça, face ao atentado feito à sua imensurável glória. E vice-versa também, ao entendermos tal sofrimento do inferno entendemos melhor o peso da glória de Deus, percebemos melhor com o que é que fomos mexer!
Tudo isto faz a Cruz de Cristo, oferecida pela Maravilhosa Graça de Deus, brilhar diante dos nossos olhos e move as nossas vidas a quererem viver para a glória de Deus e gozá-lo para todo o sempre!
SOLI DEO GLORIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário